domingo, 28 de julho de 2013

As incríveis aventuras de Simone de Beauvoir no país dos cacetes. Parte I.


J. L., o sueco.

Eu não transei, de fato, com o sueco. Decidi incluí-lo no diário porque ele foi uma experiência totalmente diferente de tudo que já tinha me acontecido, vale o registro.

A gente se conheceu num desses sites de exibicionismo na web cam,. Eu estava com problemas de autoestima e pensei que seria uma boa ideia retornar ao velho cam4. E foi. Comecei a me exibir no cam4 e as pessoas ficavam me elogiando, perguntando se era vídeo, não acreditando que era ao vivo, real, grátis e amador. Foi bem gostoso, mas o cam4 logo me sabotou e encerrou minha sessão pedindo que eu enviasse um documento comprovando que era maior de idade. Aí fiz um skype fake (nota-se que eu queria MESMO ser bem puta), passei pra galera que tava me assistindo e fui embora. Em menos de 30 segundos, adicionei 20 contatos e esperei algum me ligar.

O primeiro cara foi chato. Vi o pau dele, que era bonito e grosso, mas não senti o mínimo tesão. Fiquei lá às vezes fazendo o que ele me pedia, às vezes não e esperei que ele gozasse. Logo que terminou, eu me despedi e fui logo para o próximo. Meu plano inicial era fazer 450 homens gozarem, confesso, mas o sueco apareceu antes.

Começamos a nos falar e eu fiquei realmente impressionada com a aparência dele. Do jeito como a câmera estava posicionada, eu conseguia ver um pau enorme e grosso e muito bonito com 2 piercings. Um pertinho da cabeça e outro no comecinhozinho do saco, quase na base do pau. E eu nunca curti piercing genital em homem, achava que me daria aflição e tudo mais. Mas os dele eram lindos, lindos, lindos. E o pau! Poucas vezes vi um pau tão convidativo, sério. Era enorme, grande mesmo, e grosso na medida certa. Reto. Bonito, mesmo, agradável de olhar. Dava pra ver um piercing no mamilo também, algumas tatuagens, uma barba loira quase ruiva e dreads que iam até a cintura, provavelmente. Lindo, lindo, lindo, lindo.

Começamos a nos falar e ele foi pedindo pra eu fazer coisas. Muito educado, mas safado ao mesmo tempo. Pediu pra ver meus seios, primeiro. Eu mostrei bem devagar. Abaixei uma alça da blusa, depois a outra, subi de novo, acariciei ainda com a roupa, quase mostrei um... e assim por diante. Dava pra ouvir ele gemer e se deliciar com cada surpresa nova sobre o meu corpo. Depois pediu pra eu tirar o shorts devagar e continuar de calcinha. Eu adoro homens que sabem apreciar calcinhas e gostam de ver uma mulher tirar a roupa devagar. Pontos, muitos pontos. Daí tirei de costas fazendo bastante gracinha também e ele surtando do outro lado. Conforme ele foi pedindo, tirei a calcinha, mostrei meus pelos e perguntei se ele gostava assim ou de tudo lisinho. Óbvio que ele disse que gostava assim. Pediu pra eu colocar um dedo, dois. Pediu pra eu gozar com ele e pra mostrar pelo menos a boca enquanto eu gozava. Não deu, ele gozou e eu ainda ia demorar muito, mas fiz de conta pra não quebrar o clima.

O problema é que eu estava verdadeiramente excitada e queria mesmo ter gozado. Tentei disfarçar e esperar até que ele ficasse a fim de novo, mas depois de uns cinco minutos de conversa eu disse a ele que precisava gozar de novo, perguntei se ele topava me esperar e se gostaria de assistir. Ele concordou, claro. Eu fui provocando tudo de novo e fui vendo o pau dele crescer de novo e ele se excitar, morder os lábios... um tesão absurdo. Gozamos praticamente ao mesmo tempo e foi delicioso. Fiquei com muita vontade de colocar o pau dele na boca, deixar limpinho, sentir pulsando no fundo da garganta. Queria muito dar pra ele, de verdade.

Aí ficamos conversando por um tempão. Eu me vesti, fiquei sentada e conversamos. Foi um papo bem gostoso, leve. Ele elogiou meu desempenho, disse que só tinha visto amigas dele na web cam, até então, eu confessei que também não sou muito experiente e assim o assunto voltou ao sexo.

Ele disse que pensou que eu estivesse ganhando grana com a exibição lá no site, falou que eu pareço profissional e que sou gostosa. Aí, sem nenhuma intenção, ele foi dizendo o que gostaria de poder fazer comigo. E ele descrevia tão bem e acertava o tempo todo sobre o que eu gosto. Falou que queria me colocar de bruços na cama e enfiar o pau em mim bem devagar até o fundo, até doer. E aí ia tirar devagarinho, colocar de novo até o fundo e continuar até que eu não aguentasse mais e implorasse pra ele me foder bem rápido. E disse que ia me beijar enquanto fazia isso. Diz, TEM COISA MELHOR QUE UMA FODA LENTA POR TRÁS COM BEIJO NA BOCA? Não tem. Disse que depois ia me virar de frente, lamber meus seios devagar, mordiscar meus mamilos e me colocar por cima. Que ia apertar minha bunda e puxar meus quadris em direção ao pau dele até entrar tudo o que coubesse. E que pau, meu Deus, que pau maravilhoso!

No meio dessas conversas, eu fiquei excitada de um jeito que nunca tinha acontecido. Eu nunca tinha sentido meus mamilos endurecerem sem toque nenhum. Aliás, meus mamilos costumam demorar muito pra responder, muito mesmo. E eu ali, até sentindo dor de tudo tão duro. E só de ler o que o cara falava, ouvir a respiração, ver aquele pau crescendo de novo e ver minha própria imagem também. Fiquei muito excitada, não consigo explicar. Fiquei absurdamente molhada e sem nem avisar já fui metendo a mão pra dentro da calcinha e me masturbei deliciosamente, como há tempos eu não fazia. Ele gozou bem antes de mim, mas dessa vez eu não quis parar. Continuei ainda um tempão me masturbando e lendo o que ele falava pra me excitar, olhando os cabelos... Gozei feito louca.

Conversamos mais um tempão e nos despedimos. Espero reencontrá-lo no Skype e visitar a Suécia.


Trepada virtual nota 10.

Simone de Beauvoir.

domingo, 21 de julho de 2013

Miss Vingança

Paula acordou animada, não era um dia como outro qualquer, hoje ela teria a recompensa pelo esforço que tinha feito nos últimos dois anos. Ela tinha o sonho, que tantas outras garotas com 18 anos tem, ganhar o concurso de Miss Brasil. Ok, o sonho realmente não era ser coroada, e sim os benefícios que o titulo lhe daria.

Já tinha tentado entregar seu book em diversas agências, perdido a conta de quantas vezes foi rejeitada, talvez por ter um padrão brasileiro que não serve para ser modelo de passarela. Não concordava com a afirmativa que ouvia quando questionava para amigos o motivo de tamanho insucesso. ''Não tem essa de cabide não, você acha que eles pagam dez mil reais por um passo pra Gisele pra ela servir de cabine? Por favor...''

Os colegas da faculdade de Direito começaram a estranhar as mudanças no visual da garota no passar dos meses. Ela tinha um corpo perfeito pra maioria dos homens brasileiros, peito de pequeno pra normal e um bundão, a sintonia perfeita. Talvez não fizesse sucesso com os americanos, fascinados por sutiãs estourando pelo peso dos seios silicionados, mas fazia a grande maioria dos seus nativos virar a cabeça quando passava.

Mas ela não estava satisfeita com aquilo, tinha que ficar no padrão CIGARRO/COCA-COLA LIGHT de toda modelo internacional. Perdeu alguns quilos visíveis, os braços ficaram flácidos, os tarados nos corredores da faculdade começaram a deixar de notar sua presença, mas os produtores da agência, que geralmente não gostavam muito da fruta, começaram a ser mais simpáticos com ela. Pra completar fez uma cirurgia no nariz.

Pulou da cama, tomou um banho e comeu a primeira fruta diurética que viu pela frente. O dia seria longo, primeiro tinha que ganhar a competição regional, pra depois competir com mais 27 garotas pelo titulo nacional. Já tinha visto as outras competidoras do estado quando foram tirar a foto das concorrentes com o governador. Sem falsa modesta, não conseguiu encontrar nenhuma com mais chances que ela. Nunca se sentiu tão confiante depois disso.

Se encontrou com as outras garotas do estado no Centro de Convenções. Se preparou mentalmente pras etapas lendo um livro de auto-ajuda, cujo nome não é importante, é uma mistura de 12 passos com um ladrão de queijo. E chegou a hora. Todas as etapas passaram, traje de banho, traje noturno, seja lá quais forem as outras. Ela chegou até as três últimas. Aquele momento em que as três finalistas ficam a beira de um ataque de nervos.

Conseguia ver seus parentes na arquibancada, seu pai imóvel, preferia que a filha fosse uma juíza do interior, sua mãe sempre sonhou em ver sua filhinha como uma boneca sendo admirada pelo mundo. Estava satisfeita. As outras duas concorrentes visivelmente não eram mais bonitas que Paula, ela tentava não pensar nisso, pra não azarar. Anunciaram a terceira colocada... ROBERTA! Nem vinte quilos de Sertralina tirariam a ansiedade de Paula nessa hora. “E a MISS desse ano é... JULIANA”. Puxaram Paula para o lado, todas as câmeras foram focalizadas em Juliana, o apresentador a coroou. Paula tentava se concentrar em seus joelhos, queria cair no chão e chorar até não aguentar mais, mas precisava manter a calma.

O sonho acabou. Frase mais do que manjada, mas eu precisava colocar no texto. Paulinha passou três dias, EXATAMENTE três dias de luto. Quando sua vó morreu ela só passou 18 horas de luto, antes de sair pro cinema com seu namorado. Agora passou três dias comendo chocolate branco e tomando fanta uva no seu quarto. De vez em quando admirava seu nariz no espelho, ela gostava mais do seu nariz tortinho, mas teve que se submeter a cirurgia pra ter mais chances de ser escolhida a mulher mais bonita do Brasil. Não conseguiu nem ser a eleita do estado. Os familiares tentavam consolar, o pai ficou feliz, agora o sonho de ver sua filha magistrada voltou a tona, pensou em comprar o Código Penal comentando do Damásio de presente, mas achou que seria uma coisa muito sugestiva. Queria uma filha juíza, principalmente pra mostrar pros seus melhores amigos, que em sua maioria tinham filhos na faculdade de medicina. Malditos médicos, pensava o pai de Paula, com seus jalecos brancos e 80 horas de trabalho por semana.

No final do terceiro dia, resolveu checar o seu orkut... dezenas de mensagens de consolo de amigos da faculdade. Msn, mais uma penca de amigos dizendo que sempre tem o próximo ano. Lembrou do arcaico email... e olha, uma mensagem com o assunto: “Paula, vc foi roubada”. Apesar do português ferrado, a mensagem chamou atenção, finalmente alguém que não tentava consolar o inconsolável.

A mensagem é um pouco extensa, então vou tentar resumir em uma frase: “Paula, você não conseguiu se eleger, pq tem a porra de uma tatuagem de borboleta na barriga”. Não é piadinha de duplo sentido, mas ela realmente ficou com borboletas na barriga quando leu aquilo. Ela já tinha sentido um pouco de desprezo de suas concorrentes quando viam a minúscula tatuagem. Sentiu nojo de ter desejado fazer parte desse mundo.

Esse conto podia ter terminado com um massacre. Olha o nome “Miss Vingança”, você ta esperando alguma coisa parecida com o Kill Bill. Paula poderia ter cortado a garganta de todos os velhos babões que julgaram o concurso, eu tenho esse poder, ela vai fazer tudo que eu escrever, mas eu estou me sentido extremamente realista hoje, então vou mandar a real, como os rappers de colégio falariam, Paula tentou seguir o plano do pai, terminou a faculdade de Direito e nunca conseguiu passar na OAB. Depois da terceira tentativa, se casou com um velho rico. Teve quatro filhos, sua tatuagem de borboleta nunca mais foi a mesma. Sua filha mais velha agora sonha em ser modelo, a mãe quer que ela seja juíza.