Poucas coisas são tão deprimentes na vida de um pornógrafo quanto descobrir que a vida não é igual a um filme pornô. As mulheres nem sempre estão lindas, depiladas e prontas para transar. Não começa a tocar música tecno ruim do nada, na hora do sexo. Que, infelizmente, temos que...desculpem, é muito difícil ter que encarar a verdade...temos que realmente conversar com uma mulher que não conhecemos por mais de 30 segundos antes dela tirar a roupa e cair de boca na gente.
É chato descobrir da pior maneira possível que nossos órgãos sexuais não precisam ser envolvidos por plastiquinhos, já que no mundo dos filmes adultos não existe doença alguma. Ah, e como é difícil quando constatamos que a mulherada prefere leite proveniente de vacas ao invés daquele produzido pelo corpo masculino.
Os filmes pornográficos mostram uma realidade utópica, bela e doce. Nessa realidade, toda mulher pode satisfazer-se da mesma forma. É só chamar ela de puta, pôr pra chupar, dar uns tapas na cara, na bunda, gozar em alguma parte do corpo dela soltando um grito de macho, tudo isso em 15 minutos e pronto: o melhor sexo da vida dela.
Pois é, a realidade sempre foi melhor na ficção. Mas pensando um pouco melhor,talvez não no caso dos filmes pornô. Porque nesse caso, na verdade, somos nós que fazemos sexo e nos tornamos os atores principais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Mas a ficção sempre esteve presente nos filmes.
Agora, não sei porque no gênero pornô muitos pensam que aquilo tudo funciona daquele jeito.
Quer dizer, tem gente que funciona mesmo daquele jeito, mas são bem difíceis de achar.
Geralmente, a gente vê filme pornô antes de transar pela primeira vez.
E como a grande maioria das pessoas não conversa sobre sexo com os pais, e as que conversam, é aquele papinho burocrático, nós sempre achamos que sexo é igual ao que aparece no filme pornográfico.
Aí rola uma decepção mesmo. Mas que é bem mais divertido fazer do que só ver na tela, isso com certeza é (a não ser pra alguns fetichistas).
Postar um comentário