terça-feira, 26 de outubro de 2010

O Pornô zela por ti.

Faz tanto tempo que não escrevo aqui que nem sei se ainda sei como se fala sobre o tema principal do blog. Faz tempo que não acompanho as novidades, faz tempo que não conheço novas atrizes. Faz tempo.
Mas ontem li um livro que me fez pensar sobre o mundo do pornô: Snuff, do Chuck Palahniuk. Fala sobre uma antiga estrela do pornô que, depois de vinte anos no ramo, resolve bater um recorde: transar com 600 caras enquanto é filmada e compilar tudo isso em um filme. É provável que isso a deixe rica, que esse filme venda mais cópias que Titanic. Enfim, Snuff é Palahniuk, divertido sempre. (se você quiser uma resenha mais completa, veja aqui)
Em uma parte rápida do livro - me diga o que não é rápido num livro dele? - aborda-se a relação pornografia/tecnologia. E é aí que a pornografia se mostra muito forte, decidindo a vida não somente daqueles que compram os filmes pornôs, mas também de todo o cidadão que goste de ver um bom filme de coisas que não sejam apenas sexo no conforto de seu lar. Por causa do mercado pornográfico você tem DVDs em suas prateleiras e não VHS de alta qualidade. Por causa dele você tinha o video cassete e as fitas VHS velhas, aquelas verdes da disney, as arroxeadas, as prateadas, que corriam o risco de mofar, e não tinha um betamax - ou talvez você tivesse um betamax, mas não sei para que diabos você o usava. Por causa dele seu Playstation 3 roda bluray e não HDDvd.

e quem decide essa batalha é o pornô





Por causa dele o 3D doméstico vai começar a fazer um sucesso maior - porque o consumo desses filmes em 3D domiciliares certamente será enorme. Milhões de pessoas pagarão muito mais dólares para assistir à vagina da Dana DeArmond pingando na sua sala do que para assistir a Pocahontas com aliens azuis (deixando claro que eu adorei Avatar).
O mercado da pornografia manda em você, em seu vizinho, em sua vizinha, em sua mãe e seu pai (além de na sua mão e seu pau). Ele decide o futuro tecnológico de todos. Ele age como a grande seleção natural das tecnologias. Se uma tecnologia não serve para melhorar a pornografia no mundo, ela não serve para mais nada. Não tem como fugir, não há como negar.

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