Uma câmera simples na mão, iluminação toda natural e apenas dois atores em um quarto de hotel. Só isso basta pra fazer um pornô perfeito. E é isso que Manuel Ferrara vem fazendo em sua série Raw, que já está na sexta edição.
Após ver uns trechos em uns sites por aí, procurei um dos filmes inteiros pra baixar. Encontrei só o 6, que nem estava completo, mas valeu muito a pena. Aliás, devo dizer que é um dos melhores, senão o melhor, filme pornô que já vi.
E o que faz esses filmes da série Raw serem tão bons? Para responder isso, é melhor analisar o que faz a grande maioria dos pornôs ser tão ruins.
Vejo os filmes pornô por causa das mulheres ou, pelo menos, é a razão principal. Assistindo a um desses filmes, obviamente me imagino no lugar do ator. Se estivesse no lugar do ator, eu pegaria a mulher de verdade. Porque sejamos sinceros, a maioria dos atores não pegam as atrizes de verdade. Chega a ser surreal como a indústria pornô americana transformou o ato sexual, que é o momento físico mais íntimo que dois seres humanos podem compartilhar, em algo frio, impessoal.
Os atores mal encostam na mulher. Não beijam, não abraçam, não passam a mão direito. Tudo o que se vê são duas pélvis colidindo mecanicamente, um ocasional tapa na cara ou na bunda e o jorro de sêmem em direção ao rosto da moça no final do ato.
É ridículo. Os caras têm umas mulheres lindas pra comer e não aproveitam cada centímetro do corpo delas, como deveriam aproveitar. Não sei se a culpa é dos atores, talvez sejam os diretores que impõem esse tipo de comportamento frio.
O que eu sei é que esse padrãozinho de sexo já me deu nos nervos. Tudo bem, a indústria pornográfica de um país meio que reflete a maneira que seus cidadãos fazem sexo, ou gostariam de fazer. OK, certo. Se eles são frios assim, respeitemos. O problema é que por os americanos terem a maior indústria pornô do mundo, os outros países, em sua maioria, imitam o modus operandi sexual dos filmes ianques.
Duvida? Assista a um pornô brasileiro. É uma tristeza, o pessoal aqui tenta imitar demais os norte-americanos. Nós, brasileiros, não transamos igual a eles. Então o que será que a indústria brasileira representa? A maneira como transo é que não é, muito menos as minhas fantasias, afinal, eu nunca faço sexo de camisinha na minha imaginação. Sério mesmo, CAMISINHA em filme pornô? Brasileirinhas e cia.... acordem.
Mas enfim, não me confudam com um romântico que gostaria de ver um sexo apaixonadinho diante das câmeras. Não é isso. A questão é que quando é frio e mecânico demais, o sexo não excita.
Bom, críticas feitas, vamos aos elogios ao senhor Manuel Ferrara. Em sua série Raw, ele vai contra esse padrão da pornografia americana. Manuel Ferrara COME as mulheres. Mas come mesmo, da maneira que eu e você, amigo, gostamos de comer. Da maneira que você, amiga, provavelmente gosta de ser comida. O cara claramente GOSTA das mulheres, do corpo delas. Ele tá afim de estar ali, pegando essas mulheres e elas estão afim de estar ali, transando com ele. Em todas as cenas é percetível a química entre os atores. Eles conversam de verdade, brincam de verdade, transam de verdade.
A filmagem é totalmente amadora, o que pode irritar algumas pessoas. Mas acho que isso dá um charme maior para os filmes. E o que falta de técnica para o sr. Ferrara ao empunhar uma câmera, sobra em criatividade para capturar as cenas. Um dos meus momentos favoritos é quando ele vai chupar a mulher, mas deixa ela segurando a câmera de frente para o próprio rosto, assim, tudo o que vemos são as expressões de prazer da garota.
Eu poderia continuar escrevendo e escrevendo sobre todas as qualidades de Raw, mas isso aqui já está ficando longo demais. Termino dizendo que Raw é foda e indico pra todos. É bom pra quem curte pornô, pra quem não curte, pro vovô e pra vovó.
Se não estiverem afim de passar por 2GB de download com pouquíssimos seeds... Vejam essa ceninha que achei nas interwebs:
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