Claro que todos já escutaram aquela famosa música “Amor e sexo” da Rita Lee. Essa música deveria ser conhecida como a música com a letra mais sincera e verdadeira de todos os tempos. Porque sexo e amor são dois caminhos que podem se cruzar ou saírem bem longe.
Se.xo (cs) SM. 1. O conjunto das características que distinguem os seres vivos, com relação à sua função reprodutora. 2. Qualquer das duas categorias, macho ou fêmea, na qual eles se classificam. 3. O conjunto dos que são do mesmo sexo. 4. Sensualidade, volúpia. 5. Bras. Os órgãos genitais.
Amor (ô) SM. 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem. 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro, ou a uma coisa. 3. Inclinação ditada por laços de família. 4. Inclinação sexual forte por outra pessoa. 5. Afeição, amizade, simpatia. 6. O objeto do amor (1 a 5).
Acho que as definições dessas palavras no dicionário deveriam mudar pra letra da Rita Lee: amor sem sexo / é amizade / sexo sem amor / é vontade. Simples e claro. Sem confusão.
Não consigo imaginar dois corpos nus, fazendo sexo da maneira mais selvagem sem desejo ou amor. Algumas vezes o desejo está intrínseco no amor, porém, eu já perdi a conta das vezes o desejo agia por conta própria, sem amor e sem freio de mão.
Depois de quantas deitadas em chãos e colchões alheios, despida de qualquer roupa ou pudor, nunca senti nada do gênero do amor. Nenhum daqueles sintomas de barriga ronronando, nervosismo ou mãos suando. O máximo de nervosismo que eu sentia era em relação a minha depilação se estava “aparada” o suficiente.
Quando posto em prática, o desejo torna-se um sentimento avassalador, visto por tantos como imprudente, amoral, “coisa de gente pervertida”. Sinceramente, eu achava o desejo o melhor sentimento do mundo, não doía, não maltratava e deixa qualquer pessoa confortável após a prática.
Infelizmente, nem tudo é um mar de rosas e depois de muito saltar de cama em cama, percebemos outros com um alguém, fixo num colchão, num lado da cama e até com escova de dente própria na casa do parceiro, amante, namorado, noivo, marido. Maldito ser humano invejoso que começa a se perguntar “por que diabos não tenho aquilo?”. O sexo louco e regado de prazer não é suficiente.
A personalidade muda e ao olhar pros lados você se pergunta: “mas não pode ser essa pessoa que vai dividir o colchão e os pensamentos comigo?”. Começa um jogo de azar. Viciante, como todos os outros. Depois de poucos ganhos e muitas perdas, chega um momento em que você não almeja nem desejo e muito menos o amor. “Eu quero que tudo isso vá pra puta que pariu!”
Os novos horizontes surgem, as novas relações, os sucessos. Por um momento não importava o sexo ou amor, importava você, seu ego um pouco ferido, um pouco machucado e apenas alguém pra reparar as cicatrizes com um pouco de afeto. Nada de sexo. Até parece que aquele velho e bom entra-e-sai nunca fez parte da sua vida e quando alguém aparece falando em sexo, você solta um: “ah, porra, deixa disso!”
Num dia esquecível mas que todos dizem que foi lindo, você conhece aquela pessoa. Você gasta horas e horas conversando, rindo e se divertindo. Estranhamente você nunca se sentiu tão bem, tão confortável, tão querido e... E por que não amado? E que ama de volta? Você nunca saiu tanto na sua vida! E nunca sorriu tanto...
Oh! Oh não! É o amor! É apavorante no começo. Você se sente desconfiado, pois está em terras estranhas pois essas não envolvem apenas cama. Envolvem cama, mesa e banho – não que sexo não possa ser feita em ambas... Ora, vocês me entenderam.
A intimidade, os afagos, a identificação. A vontade de fazer o outro feliz e se sentir feliz. Eu chamo isso de “eu não quero fazer sexo, eu quero fazer amor”. É brega, é clichê, mas passa um momento e você sente que sempre quis dizer aquilo. É um nervosismo minutos antes e uma alegria minutos depois.
Eu poderia finalizar esse trecho de “Amor e Sexo”: sexo vem dos outros / e vai embora / amor vem de nós / e demora. Infelizmente, não vou. Amor e sexo andam juntos e são fascinantes, parece a mistura de limão, tequila e sal. Sexo por sexo é egoísta, é capaz de machucar, mas usado na medida certa, oh, céus, é incrível.
Acho que já estou velha demais pra tudo isso, passei da idade, alcancei outro estágio da vida... Mas nunca irei deixar de lado o sexo ou minhas lembranças.
Escrito por Augusta Teixeira.
Um comentário:
amor e sexo é arroz e feijão.
você pode comer só um ou só outro
mas misturado é que é gostoso.
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