segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Antes e depois da Polyshop

Quem se acostuma a comer filé, dificilmente consegue voltar pra carne de segunda. As pessoas geralmente preferem uma carne nobre, produzida, com todos os temperos, feita por alguém que entende do negocio, alguém que saiba manusear os sabores, exaltar cada centímetro do pedaço. No caso dos filmes pornôs, eu sou justamente o contrário.

Eu lembro de baixar vários pedaços de filmes pornô no antigo kazaa, geralmente eram filmes da Silvia Saint, que duravam cinco minutos e levavam três horas pra baixar. De vez em quando algum pedaço do filme do Ron Jeremy e até algum filme de colegiais holandesas. Eu fui juntando uma pequena coleção, com muito esforço por causa da minha conexão discada, até que minha mãe descobriu e deletou tudo. Eu tinha 14 anos e foi um mês difícil. Mas eu não desisti, continuei minha procura, mas todos os filmes tinham a mesma premissa: desculpa esfarrapada, boquete, o sexo carnal, sexo anal e o cum shot (ou money shot), era tudo muito mecânico, os gritos eram muito profissionais, eu não gostava. Mas continuava a me masturbar, como qualquer garoto de 14 anos.

Até que começaram a proliferar na internet os chamados sites de GONZO PORN. Tinham dois que eu era muito fã na época, o College Fuck Fest, que “estudantes” montavam uma festa e todo mundo transava com todo mundo e o Bang Bus, que vários malucos numa van pegavam uma “garota desconhecida” na rua e... bem... transavam com ela. Vocês perceberam o “estudantes” e “garota desconhecida”? Olha, eu nunca fui o mais inteligente da minha sala, longe disso, mas dava pra perceber que era tudo armado, assim como 99% dos vídeos de estupro na internet, você consegue perceber no primeiro minuto. Mas já era uma grande diferença pra mim, tinha um lance todo amador, as vezes a luz do sol batia na cara da garota enquanto ela chupava o pau do cara. Era só uma câmera, sem maquiagem, sem estúdio. Só sexo. Os gemidos falsos continuavam, mas eram mais suportáveis dessa vez. Foi quando eu comecei a realmente gostar de ver filmes pornô, com a ascensão dos filmes amadores na internet, que naquela época não eram tão amadores assim.

Muitas pessoas dividem a internet em antes e depois do Napster. Outras em antes e depois da wikipédia, outras tantas pensam que a grande inovação da internet foi o orkut (malditos brasileiros... opa, eu também tenho uma conta). Mas não, pra mim a internet se divide em antes e depois da Polyshop. Você sabe, aqueles anunciantes que vendem uma câmera digital em 500 vezes SEM JUROS. Qualquer garota pode comprar uma câmera, que além de tirar fotos, GRAVA VÍDEOS. Junte a isso a banda larga no Brasil ser cada dia mais do povão, hoje a grande maioria das pessoas consegue bancar pelo menos o plano mais simples e ter acesso a internet 24 horas por dia.

“Amor, eu só vou gravar pra ficar vendo quando você viajar e não morrer de saudades”. Essa frase existe desde a criação das filmadoras portáteis, mas o público se limitava na maioria das vezes aos amigos do suposto namorado carinhoso da garota, que só queria uma recordação dela chupando seu pênis. Mas agora temos o 4share, rapidshare, qualquer coisa share. Até a pessoa mais idiota, consegue selecionar o arquivo .avi e esperar alguns minutos até que ele seja transferido pro servidor, selecionar o link indicado e mandar por email pra os amigos. Nisso, dezenas e dezenas de vídeos amadores são filmados e jogados na internet todos os dias. Existem várias comunidades no orkut DEDICADAS a catalogar esses filmes. Porra, eu devo ter pelo menos uns cinco agora no meu HD, e olha que eu os deleto com freqüência. E essa vai ser minha especialidade aqui no site, eu gosto do formato dos vídeos amadores, dos closes mal feitos, dos gemidos reais, das namoradas reclamando e pedindo pra eles apagarem o vídeo depois de filmar, da falta de condicionamento físico do casal, dos caras se achando um ator pornô italiano por ta comendo a namorada, do namorado tentando enfiar no buraco mais ao sul e garota não deixando. Isso pra mim é um filme pornô.

11 comentários:

crap disse...

e viva às amadoras \o/
porque sem elas o pornô não seria tão legal.

Alan disse...

Cara...tô me sentindo um noob no meio de vocês, especialistas. Pouco sei de amadoras.

Pan disse...

Por falar em Silvia Saint, eu tenho um filme dela aqui. Bem antigo e chato, devo dizer. Mas se quiserem, falo dele depois.

Mas eu assisto pornô como qualquer outro gênero de filme. E incluo as amadoras nessa.
Mas não gosto dessa supervalorização nem de amadores nem de pornôs mais bem elaborados. Cada um tem seu lugar no pódio e merece ser visto de formas diferentes.

E não se sinta noob, Alan. Se você não é mais virgem, tem tudo pra sacar de amadoras rapidinho.

E preciso dizer, eu tenho um vídeo pornô de estupro (e não é estupro real os próprio atores aparecem no final pra dizer) que eu acho demais mesmo. Bem simplório, e bem legal. Eu pelo menos acho bem legal.
Quem sabe eu fale dele aqui um dia.

E porra, até eu tenho vídeos amadores comigo atuando, HAHAHAHAHAHA. Mas sobre eles eu não falo aqui. >D

Henrique disse...

Foi para o copy-paste! Obrigado!

Alan disse...

De primeira hein, Xadai. Filhodaputa.

Pan disse...

Agora que percebi que foi o Xadai, e que foi o primeiro post dele.


Eu com certeza não vou ter post daqui, lá.
Meu negócio vai ser resenhar os filmes. Eu deixo as divagações em cima do tema para os poetas, que são vocês.

Unknown disse...

alan e xadai, os grandes poeteros da industria pornográfica.

Pan disse...

O Kai também é.

Vanessa Gonçalves disse...

Alan, meu porno (blog) sai em janeiro! hahahhaa.. vai ser demais. O negocio é agradar a clientela né? haahahha.. vou ler os textos!

Um beijo!

Alan disse...

Já em janeiro? Olha que eu vou cobrar, hein. Tô afim de ler.
Valeu, Kátia!

Pan disse...

Opa, vão fazer pornô é?

Linka aí depois!