sábado, 7 de fevereiro de 2009

Não sou a Hebe

Nada melhor do que começar este assunto com um clichê: A vida é curta. Quer dizer, a quantidade de pessoas interessantes que vamos conhecer; bons livros, músicas, filmes e viagens que vamos ler, ouvir, assistir e fazer são limitados. Se você adicionar o fato de que temos que trabalhar e estudar, o tempo que resta para nos dedicarmos aos prazeres da vida é bem menor do que deveria ser. Então, todas essas coisas legais que citei, que já não são tão fáceis de se encontrar, têm seu número ainda mais limitado.

Sendo assim, eu não perco tempo com pouca merda. Por exemplo, eu adoro uma mulher gostosa. Mas beleza, pra mim, só tem peso até certo ponto, e esse ponto é quando a mulher em questão abre a boca pra falar. Na boa, não sou do tipo de pessoa que perde mais de 15 minutos de conversa genérica e entediante, com alguém genérico e entediante, só pra levar a garota pra cama. Isso exigiria um nível de superficialidade que não faz parte da minha natureza.

Se a mulher gostosa for daquele raríssimo espécimen que tem algo na cabeça, ótimo. Mas se não for, prefiro que fique calada - ou fale muito pouco - e vá direto pra cama comigo. Depois aperto um botão e ejeto ela do meu leito, pra nunca mais vê-la. Simples assim. Meu tempo - e isso vai parecer pedante, mas foda-se - é um privilégio que dou só pra pessoas interessantes.

Claro, podem me chamar de preconceituoso e machista. Mas se não me apresentarem 10 mulheres gostosas, inteligentes e divertidas após me chamarem dessas coisas, nem percam seu tempo tentando me ofender.

Dito tudo isso, mais uma vez o mundo pornográfico nos apresenta uma realidade ideal (pelo menos às vezes). Nos filmes pornô, a mulher geralmente começa com um strip básico, esfrega a bunda na câmera, enfia os próprios dedos e outros objetos em orifícios de seu corpo e faz outras coisas que deveriam ser excitantes para nós, telespectadores. Depois, aparece um mano do nada e já enfia a benga na boca dela, dá um tapa na bunda da moçoila, vira ela pra lá e pra cá, dá um tapa na cara, goza e sai andando.

Bonito, não? É isso que queremos fazer quando encontramos alguém atraente fisicamente, tanto nós, homens, quanto vocês, mulheres. Pelo menos quem é direto, objetivo e não gosta de perder tempo com papinho furado. Afinal, o tempo é curto e tempo é dinheiro. Antes uma hora de conversa interessante e divertida com meus amigos do que uma hora de conversa chata com uma gostosa qualquer. E antes uma hora de sexo com uma gostosa qualquer, com quem não conversei nem por cinco minutos, do que apenas cinco minutos de papo interessante com meus amigos.

Mas até mesmo os pornôs têm lá seus dias de pisada na bola. Já perdi a conta de quantos vídeos, geralmente amadores ou que querem parecer amadores, começam com o diretor fazendo perguntas para a atriz. Cara, que merda é essa!? Quem quer saber de onde a moça veio, a idade, o nome ou o que ela acha da atual situação da bolsa de valores? Principalmente quando se tratam de mulheres gostosas e burras, que infelizmente predominam na indústria pornô.

Quando essas conversinhas surgem em um filme que eu estou vendo no DVD, tudo bem. Eu passo a bagaça pra frente e vou ao que interessa. Mas quando estou assistindo a um vídeo na internet, em sites que trabalham com streaming, eu me sinto tão frustrado quanto na vida real. Porque, na vida real, não há um botão que posso apertar pra pular o small talk sem graça da belíssima e entediante mulher à minha frente. Na internet, tenho que esperar o vídeo carregar pra assistir. Tipo como na vida real, quando um cara ou uma garota têm a capacidade de aturar o blablabla da gatxénha e do gatxénho pra só depois poder fazer um amor safado com a(o) sujeita(o).

Como paciência não é a minha virtude, sempre fecho o vídeo que fica enrolando e procuro algum que vá direto ao sexo, sem fazer escalas. Na vida real é a mesma coisa. Não sou a Hebe pra aguentar uma conversa qualquer, por mais bonita que seja a fêmea. Se eu vejo que ela é chata, mando um “Vamo?”, na esperança que ela abaixe as calças e vá logo celebrar o amor comigo. Caso contrário eu parto pra outra. Tudo bem, eu não faço exatamente isso, pois senão levaria um tapa na cara. Eu apenas não gosto de enrolação, então tento deixar isso claro desde o começo.

Porém, quando o filme pornô tem um roteiro excepcional e com ótimo conteúdo, como “Eu Sou o Pau”, não me importo de assistir tudinho, sem pular partes, porque estou me divertindo. A mesma coisa quando encontro alguém legal; não é preciso pular etapas, pois tudo acontece naturalmente, já que também estou me divertindo.

Pois bem, o grande mérito da pornografia é ser uma fonte de analogia pra quase todo tipo de assunto. Em um próximo post, tratarei da filosofia metafísica do século 13 e sua relação com Silvia Saint.

PS: Como tudo na vida tem exceções, eu gosto de ouvir as entrevistas pré-foda da musa Sasha Grey. A mulher é inteligente pacas. E inteligência, no caso dela, é um ótimo afrodisíaco (só pra fechar o post com outro clichê).

4 comentários:

Guare disse...

Saca a Asia Carrera? QI do caralho, aos seis anos tocava Bach e hoje é webdesigner e as porra, acho eu.

Guare disse...

opa, se bem que ser webdesigner não conta muito, né?

Alan disse...

hauhauahuaa acho que nos idos de 96, contava.

Asia Carrera merece ser lembrada aqui. Ela é demais.

Pan disse...

Por isso nem converso.