Semana passada, no escritório, uma amiga minha pediu a opinião do pessoal pra um presente de aniversário que ela precisava comprar pra uma amiga dela. Sugerimos coisas básicas e genéricas, como discos ou livros, mas nenhuma de nossas sugestões parecia satisfazer a garota.
Uma menina do meu lado disse que a minha amiga poderia comprar um cartão de uma loja que vendia calcinhas, pois esse cartão vinha com uma calcinha. Seria um presente estiloso, de fato. Foi nesse momento que a realidade simplesmente se quebrou em mil pedaços e a fantasia começou.
Dizem que mulheres não dão lingeries pra outras mulheres, mas tudo bem, na ficção tudo é possível. Eu imaginei que a minha amiga chegava na casa da aniversariante, carregando o presente e se perguntava se ela ia gostar ou não. Essa minha amiga é linda. Não sei como a aniversariante se parece, então minha mente me convenceu de que ela era igualzinha à Diane Keaton, nos tempos de Annie Hall.
Ela deu o presente pra Diane Keaton que, mesmo antes de abrir o pacote, deu um abraço exageradamente carinhoso na minha amiga, completando com um beijo que tocou de leve os lábios da garota.
Diane abriu o pacote e se deparou com a lingerie mais sexy que já vira na vida. A outra garota avisou:
- Se não servir, não se preocupe. Eu posso voltar na loja e trocar pra você.
- Vou experimentar agora – disse a Diane – volto já.
Segundos depois, a aniversariante voltou, só de lingerie, com uma expressão indecisa no rosto.
- Ai, não sei se ficou bom. O que você acha?
- Deixa eu chegar mais perto de você, pois aqui está escuro e não consigo ver como você está.
A minha amiga achou que a Diane Keaton estava muito bonita, e se surpreendeu ao pensar que ela estava um pouco gostosa também. Aproveitando a situação, ela disse:
- Olha, eu comprei umas lingeries pra mim também. Vou experimentar, quero que me diga se fiquei tão gostos...quer dizer, bonita como você, ok?
É isso. Duas belas mulheres de calcinha e sutiã se exibiram na frente da minha imaginação. Experimentaram várias lingeries, uma mais sensual que a outra. Depois de um tempo, a minha amiga, com um ar insatisfeito, falou pra Diane Keaton:
- Não sei se somos boas o suficiente pra avaliar se estamos bem ou não com essas peças. Precisamos da opinião do homem mais inteligente, belo, feio, forte e formal que possamos encontrar. Já sei, deixa eu ligar pro meu amigo Alan!
- Alô, Alan? Então, preciso que você dê uma passadinha aqui em casa. Você é o único homem que conheço que pode julgar se eu e a minha amiga estamos bonitas com as nossas novas lingeries.
- Ligou pro cara certo, baby.
No mesmo momento, eu já estava na casa da Diane. As duas pareciam muito felizes com a minha presença. Me abraçaram e me deram muitos beijos no rosto. De leve, passei a mão na bunda de uma delas, que me agradeceu.
- Muito bem garotas. Mostrem pra mim o que vocês têm.
E então o desfile começou. Duas musas andaram pra lá e pra cá semi-nuas, para o meu deleite. Não demorou pra que eu decidisse fazer uma análise mais aprofundada das peças sensuais que elas estavam vestindo.
- Garotas, obrigado pelo desfile. Mas tem um probleminha: Eu sou cego. O fato de eu ser cego, naturalmente, me impede de ver bem com os meus olhos, portanto, ao longo dos anos, desenvolvi um tato apurado, e é exatamente assim que eu vejo as coisas. Que tal vocês chegarem um pouco mais perto de mim, pra que eu possa “ver” vocês, hein?
Obviamente, eu estava mentindo. Obviamente, eu já tinha percebido que tudo não passava de uma fantasia, então liguei o “foda-se” e aproveitei o momento. Minhas mãos passearam pelos cabelos, rostos, lábios, seios, cinturas, bundas e pernas delas. Dei uma de safadão e inventei outra desculpa esfarrapada:
- Bem, garotas. Está muito calor aqui, muito mesmo. Isso atrapalha o meu tato, espero que não se incomodem se eu ficar nu.
- Claro que não, Alan! - disseram as garotas, em coro - Por favor, pode tirar todas as suas roupas. Uau! Você anda malhando!?
Não foi difícil convencê-las a ficarem nuas também. Nem precisei oferecer vinhos para que elas se soltassem ainda mais e se jogassem nos meus braços. E não demorou muito para que começassem 40 minutos de putaria.
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2 comentários:
euri.
muito bom.
HAHAHAHA.
Mas olha, mulheres dão lingeries umas as outras. Existe agora uma nova modalidade chamada "chá de lingerie", nem preciso explicar né.
Mas não sei se rola 40 minutos de putaria, mas se rolar, vou começar a me convidar pra essas coisas.
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